Estava vasculhando a internet e a diversidade de animais existentes no Brasil e encontrei essa reportagem no Hypescience, que é um site muito bom.
Lembrei de uma amiga minha vendo essa reportsgem... No bom sentido!
Lembrei de uma amiga minha vendo essa reportsgem... No bom sentido!
10 – Preguiça
A preguiça não é tão estranha no sentido de estarmos acostumados à
sua existência, mas, certamente, se repararmos direito nela, é um bicho
bastante bizarro.
Aparência esquisita, movimentos lentos e sem energia são suas
principais características. Vivendo “de boa” pendurada nas copas das
árvores copa do Brasil, Nicarágua e Peru, a preguiça tem dedos com
garras curvas gigantes que parecem ganchos. O animal pode usá-las para
se defender, mas por ser tão pacato, geralmente só as usa para ficar
parecendo uma rede em um galho de árvore.
O cultivo de algas em sua pele (o revestimento exterior de sua pele
tem grandes sulcos que recolhem e crescem algas) lhe dá uma cor verde
que funciona como camuflagem. Então, o que às vezes pode parecer um
amontoado de folhas gigante pendurado em um galho é na verdade uma
preguiça.
Frutos, folhas secas e galhos compõem a dieta de uma preguiça. Elas
fazem tudo de cabeça para baixo, incluindo comer e acasalar. As fêmeas
tendem a ficar juntas, enquanto os machos são solitários e só aparecem
para acasalar.
Se tiver que caminhar sobre a terra, a preguiça vai usar suas garras
(se andasse ereta, pareceria o Pé Grande). Ela tem que rastejar a
barriga e usar as garras para se impulsionar. Não admira que prefira se
pendurar nas árvores (só desce cerca de uma vez por semana para urinar e
defecar).
No entanto, a preguiça pode nadar muito bem. Também pode virar a
cabeça em 270 graus e mantê-la quase em linha reta virada para cima
enquanto seu corpo está pendurado de cabeça para baixo.
9 – Capivara
Em que outro país haveria um animal que mais parece um rato
gigantesco em cada zoológico? A capivara é uma visão conhecida em
diversas cidades brasileiras. Não deixa de ser um roedor muito estranho,
no entanto – e também o maior deles.
A capivara pode ser encontrada em diversas regiões da América do Sul e
Central. Ela costuma viver em regiões às margens de rios e lagos.
Utiliza a água como refúgio dos predadores, pois consegue ficar submersa
por alguns minutos e possui uma grande agilidade para nadar.
Uma fêmea costuma gerar de 2 a 8 filhotes por gravidez. A capivara
alimenta-se de capim, ervas e outros tipos de vegetação encontrados nas
beiras de rios e lagos.
Um animal adulto pesa em média 80 kg, e alcança 1,20 metros. Elas
vivem de 15 a 20 anos e, como boa roedora, possui dentes incisivos que
podem chegar a 7 centímetros.
De roedores estranhos o Brasil entende, como confirmam esses outros “ratos gigantes”, a paca e a cotia.
8 – Anta
A família Tapiridae é um grupo de mamíferos da ordem Perissodactyla que
habita a América Central, a América do Sul e o sul da Ásia, conhecidos
popularmente como “anta”. São os maiores mamíferos da América do Sul, e
pertencem a mesma ordem dos cavalos, embora possuam um parentesco mais
próximo aos rinocerontes.
A anta chega a pesar trezentos quilogramas. Tem três dedos nos pés
traseiros e um adicional, bem menor, nos dianteiros. Tem uma tromba
flexível, que sente cheiros e umidade. Vive perto de florestas úmidas e
rios, e toma frequentemente banhos de água e lama para se livrar de
carrapatos, moscas e outros parasitas.
As antas comem folhas, frutos, brotos, ramos, plantas aquáticas,
grama e pasto. Também podem se alimentar em plantações de
cana-de-açúcar, arroz, milho, cacau e melão. Para manter seus 300
quilinhos, passa quase dez horas por dia forrageando em busca de
alimento.
Esses animais têm hábitos noturnos e solitários. De dia, escondem-se
na mata, e só se reúnem durante o acasalamento e a amamentação. A fêmea
tem geralmente apenas um filhote, e o casal se separa logo após o
acasalamento.
Quando ameaçadas, as antas mergulham na água ou se escondem na mata.
Ao galopar, derrubam pequenas árvores, fazendo muito barulho.
Se alguém souber por que os seres humanos usam a palavra “anta” com
sentido pejorativo, favor me avisar. Aparentemente, esses animais não
são nada bobos, e se domesticados, podem aprender muitas coisas, como
girar uma maçaneta para abrir uma porta ou beber água numa garrafa de
refrigerante.
7 – Tamanduá
O tamanduá-bandeira, também conhecido como papa-formigas, é um
mamífero quadrúpede desdentado. Com aspecto bizarro, solitário, pacífico
e cauteloso, ele pode ser encontrado na América Central e do Sul.
O animal tem uma pelagem espessa que se torna maior na cauda. Seu
focinho tem formato cilíndrico. Sua visão é fraca, mas sua capacidade de
olfato é aguçada (cerca de 40 vezes maior que a do homem). É assim que
ele procura formigueiros ou cupinzeiros para se alimentar.
O peso de um adulto desta espécie chega a 40 kg, seu comprimento pode
chegar até 2 metros (incluindo a cauda) e sua altura pode chegar a 60
centímetros. Eles têm uma coloração acinzentada, com faixas diagonais
pretas com as bordas brancas.
O tamanduá tem fortes longas garras dianteiras com as quais escava os
formigueiros e cupinzeiros onde, em seguida, introduz sua língua,
pegajosa e longa (aproximadamente 60 centímetros!), para explorar o
local e levar os insetos à boca.
O tamanduá-bandeira é capaz de ingerir até 30.000 insetos por dia.
Suas garras também são utilizadas para se defender dos predadores: ele abraça seu inimigo para cravar-lhe as longas garras. Daí que surgiu a expressão popular “abraço de tamanduá”.
Suas garras também são utilizadas para se defender dos predadores: ele abraça seu inimigo para cravar-lhe as longas garras. Daí que surgiu a expressão popular “abraço de tamanduá”.
O tamanduá-bandeira está ameaçado de extinção devido à destruição de
seu habitat. Os fatores que têm contribuído para isso são caça
indiscriminada, queimadas (seu pelo é extremamente inflamável) e o
avanço da agropecuária no cerrado (ecossistema que, por ser bem aberto,
não possui lugares onde o tamanduá-bandeira possa se esconder).
6 – Uacari
O Uacari (Cacajao calvus) é uma espécie raríssima que vive
nas florestas ao norte da Amazônia. Esse animal estranho encontrado no
Brasil e no Peru está listado como uma espécie em extinção; ele é
especialmente vulnerável devido à perda de seu habitat, e por ser caçado
para a alimentação.
Os uacaris pesam cerca de 2 a 3 kg e possuem 35 a 60 centímetros de
comprimento. Sua cauda possui cerca de 15 centímetros de comprimento.
Apesar de terem a cara vermelha, a cor da sua pele pode variar entre
quase branco a um castanho avermelhado muito escuro.
A razão para sua face colorida pode ser pelos mesmos motivos que as
aves são coloridas: para facilitar a detecção de semelhantes na floresta
espessa e densa. Eles não vivem muito bem em cativeiro.
Os uacaris se alimentam de insetos, sementes, nozes, frutas, néctar e
similares. Convivem em grupos de 10 e 40 indivíduos. Há relatos de
grupos com mais de 100.
Essas criaturas ágeis balançam entre as árvores pendurando-se pela
sua cauda e raramente descem ao chão. Eles são capazes de saltar 20
metros ou mais entre diferentes árvores.
5 – Mataco (tatu-bola)
O mataco é uma espécie de tatu-bola, animal brasileiro que não
poderíamos deixar de falar, já que o mascote da Copa do Mundo de 2014
será o tatu-bola.
Esse apelido vem do método extremamente original de proteção desses
animais: eles não correm, camuflam-se ou lutam, apenas se enrolam em uma
bola “blindada” graças a sua “armadura” esquisita.
O mataco vive na Bolívia, na região central do Brasil, no Paraguai e
na Argentina. Esta classe de tatu não cava sua própria tocas, mas sim
aproveita tocas de tamanduá abandonadas. Eles gostam de áreas gramadas
ou pantanosas perto de florestas.
Estes tatus castanho-escuros são as únicas espécies que podem se
enrolar e proteger completamente seus corpos inteiros dentro de sua
concha. A frente desconectada das porções traseiras do escudo é o que
permite esta façanha.
As garras em suas patas da frente são extremamente poderosas, e o
tatu caminha e corre na ponta destas garras. Eles caçam para se
alimentar cavando ninhos subterrâneos e sob vegetação em decomposição.
Larvas de besouro são o seu principal alimento, mas também comem
formigas, cupins, outros insetos e frutas.
O mataco é considerado uma espécie em extinção. Mineração e
desenvolvimento agrícola ameaçam sua existência, além do animal ser
extremamente fácil de ser capturado ou caçado.
4 – Boto
O boto, especialmente o boto cor de rosa, é um animal brasileiro
cercado de muitas lendas. A mais famosa delas é que essa criatura do mar
adora se transformar em um homem bonito que seduz as moças, ou uma
mulher bonita que leva os homens jovens para a água. Aqueles que entram
em suas garras são afogados e seus espíritos se tornam golfinhos. Os
nativos da Amazônia acreditam que este animal é um presságio de má
sorte.
Mas não se assuste se encontrar com um. Ele não vai hipnotizá-lo e
levá-lo para o fundo do mar, mas provavelmente vai querer brincar. Botos
são criaturas muito curiosas, que gostam de interagir com barqueiros e
nadadores.
O boto é o maior de todos os golfinhos de rio. Pode pesar até 180 kg e mora nas porções profundas de rios perto de bancos de areia e outras formações naturais que causam piscinas de águas profundas.
O boto é o maior de todos os golfinhos de rio. Pode pesar até 180 kg e mora nas porções profundas de rios perto de bancos de areia e outras formações naturais que causam piscinas de águas profundas.
O golfinho respira através de um bico localizado na parte superior de
sua cabeça, e precisa sair da água uma a duas vezes por minuto para
tanto. Sua incrível flexibilidade lhe permite nadar ao redor de árvores e
através das florestas que inundam durante a estação chuvosa.
Construções hidrelétricas são a maior ameaça que o boto sofre em
estado selvagem. Represas são a principal causa de mudança do fluxo dos
rios, que, por sua vez, perturbam a configuração natural dos bancos de
areia que os botos dependem para profundidade adequada de água. Também
afetam os ciclos naturais de reprodução de peixes, que o boto depende
para sua fonte de alimento. Embora esses elementos causem problemas para
eles, os botos têm uma sobrevida maior do que muitos de seus primos.
3 – Urso-de-óculos
Achou que não havia ursos no Brasil? Bom, se você ver um, vai ser o
urso-de-óculos. Foram as manchas brancas que marcam seus olhos que lhe
renderam esse apelido bizarro. Essa é a única espécie de urso que vive
na América do Sul, mas não se preocupe; é raro ver uma dessas criaturas.
Existem apenas 18.000 vivos atualmente.
O urso-de-óculos é mais frequentemente encontrado nas florestas
profundas da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Brasil, mas também
pode habitar florestas tropicais, estepes e desertos.
Eles podem ser de qualquer cor do preto ao castanho, ou avermelhados.
O urso adulto tem cerca de 150 a 180 centímetros e pesa 100 a 155 kg. O
macho é muitas vezes maior e mais pesado que a fêmea.
Esses ursos comem vegetação, pequenos animais, incluindo ratos,
coelhos e aves, bulbos de orquídeas, folhas e frutas. As frutas são, de
longe, sua comida favorita.
Diferentemente da maioria dos ursos, o urso-de-óculos é noturno. Ele
come e passeia à noite. Quando o amanhecer chega, o animal sobe em uma
árvore, se recolhendo ao seu “ninho” ou plataforma que ele construiu
para dormir. Muitos ursos sobem em árvores, mas a maioria prefere dormir
em cavernas e tocas.
2 – Sagui pigmeu
O sagui pigmeu (Callithrix pygmaea) é um macaco encontrado
no oeste do Brasil, no Peru e no Equador Oriental e no sudeste da
Colômbia. É o menor macaco do mundo, com um comprimento de corpo de 14 a
16 centímetros, excluindo a cauda.
Essa coisinha fofa alimenta-se de frutas, folhas, insetos e pequenos répteis.
1 – Candiru
Nenhuma lista sobre animais estranhos brasileiros está completa sem o
candiru. Esse peixe amazônico fino, pequeno e quase transparente está
entre os poucos vertebrados hematófagos, que se alimentam do sangue de
outros peixes. Os candirus fazem isso se ancorando a eles com uma série de espinhos em forma de gancho.
Uma infestação severa pode enfraquecer e, eventualmente, matar uma
vítima infeliz. Eles também se alimentam de peixes mortos, comendo-os de
dentro para fora.
Em alguns casos, eles podem nadar para dentro da uretra ou do ânus de
homens e mulheres, e ficar preso lá por causa de seus espinhos. Isso é
muito doloroso e potencialmente mortal, porque quando a vítima humana
deixa a água, o peixe morre e seu corpo começa a apodrecer. A infecção
resultante pode causar morte. Somente um delicado processo cirúrgico
pode remover o peixe dos órgãos genitais. Moral da história: não faça
xixi na Amazônia.
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Essas pessoas fizeram efeito.